segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Algo a mais.
Via ele enervar-se à toa e a toda hora. Não aprendeu simpatias e negava-se a sorrir facilmente. Ria assim, de vez em quando, de uma coisa boba. Ia atrás de pequenos conflitos, satisfazia-se com eles. Pensavam que era egoísta, que só pensava em si e por isso mesmo destratava pessoas por motivos pequenos. E só por motivos pequenos. Preferia não resolvê-los e deixá-los presentes para que pudesse através de sua energia torná-los grandes, tempestuosos. Quase fazia-me acreditar na seriedade de seus pequenos grandes problemas. E apesar de todos dizerem o contrário, passei a perceber que essa intensidade era prova de que sabia muito amar. Escondido.
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