terça-feira, 11 de março de 2014

Vôo.

Eis que chegou um dia em que senti algo novo. Algo que não sei se foi você que me trouxe, ou se busquei em mim mesma. Não sei dizer como começou. Fez-me sentir tua energia e sensibilidade. E então, em um dia qualquer, depois de dias ao seu lado, senti algo que há muito não chegava em mim. E era tão simples. Havia sentido a calma, a luz e a serenidade do céu. A melancolia doce e desejosa que trazia consigo.

Dessa vez, tal luz se refletiu no seu olhar. E como pude ver isso, imagino mesmo que meus olhos possam também ter brilhado. Era nada mais que céu e luz. Era tudo isso. Todo o redor. Tudo ao nosso redor. Gritando beleza. Gritando vontade. Vontade de te abraçar, de te beijar. Vontade de estar contigo. De voar contigo no céu azul degradê, rosa, laranja! Calmo e sereno.

Imagine um vôo sincronizado, ritmado e delicioso. Um vôo como uma luz que se desprende do seu objetivo. Que mesmo desiluminando, ilumina. E nós acima. E nós planando. Sem dar as mãos. Mas de perto, e prontas para segurar as pontas. Prontas para ir em frente. Prontas para observar o vôo. O nosso e o de cada uma.

És linda, voando. E gosto de voar ao seu lado.

Um comentário:

Francis Espíndola disse...

gosto das poucas palavras, colocadas à maneira de ampliar um momento e um detalhe ao universo dentro-fora, o tempo anti-cronológico. gosto. mas tente não parar, mesmo quando vem aquela exaustão de escrever. acho que os seus textos tem uma continuidade, e sempre me dá vontade de saber o resto. e o resto?

beso, saudade