Alice, as horas estão passando. Menina de porcelana, tomo cuidado porque se cair, pode quebrar nas minhas mãos. Deixei de chegar perto de ti por medo e paixão. Tive medo de ter-lhe montado personagem, e por mais suave que tenha sido, carreguei seu peso de coisa quebradiça, que até seus dedos abrindo um papel de bala me pareciam frágeis.
Esqueci-te não por te esquecer. Esqueci-te por não querer mais dizer seu nome. Esqueci-te por medo de ter te amado demais. Fiz-me querer esquecer. E aí, aconteceu. Mas queria dizer que lembro do seu moletom desbotado. E lembro dos seus sorrisos. Que lembro de você se desmanchando no concreto de maneira a derreter-me.
Lembro, sobretudo, das malas, das viagens, das imagens. A imagem tua à imagem minha. Confesso que às vezes, tenho vontade de dar-te vida. Às vezes, tenho vontade de amar-te novamente. Às vezes, penso em para sempres.
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