Quase disse sim. Se pudesse, até teria sorrido. Ela me falou também sobre sorrisos e sobre felicidade. E acredito que sim, se pudesse teria sorrido, segurado sua mão, a abraçado e formulado uma frase bonita com uma coisa que ela chamava de poesia (Não fosse a minha pequenez, minha tranquilidade e minha não-existência...).
Estava disposta. Quando ela de repente falou que de onde ela vinha as coisas também sempre acabam. Acabam de repente e sem aviso prévio. Disse que eu sairia de lá sem saber pra onde iria, ou se iria pra algum outro lugar. Deu-me certeza que eu me perderia em vácuo, em outro vasto breu. Me contou que nunca experimentaria nada igual. Disse que eu teria de abandonar outras pessoas. Falou-me que algumas delas é que me deixariam. Falou-me sobre angústia, desespero e perda. Mas qualquer coisa seria melhor que minha falta de vida, ela disse.
Quem ela pensa que é para subestimar-me assim? A arte de não-viver é melhor que esse desejo efêmero de ser sem sentido.
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