sábado, 18 de setembro de 2010

Montanha-Russa.

Busco qualquer tipo de conforto em casa. Acolho-me no meu ninho, dentro daquilo que acostumei-me a chamar de lar. Como chocolates que vêm me dar prazer. Me ajudam a controlar a dor. A dor que é (e)terna e sumirá no fim do dia.
Não tenho coragem de abrir a porta de casa, nem de dar às caras para a vida. O medo de me cortar com farpas e arames mal colocados lá embaixo me faz retroceder. Para onde é que não sei. Já dói muito por aqui, sozinha e presa à mim mesma.
Sofro a vida. Agora. Com intensidade nos sentimentos que tenho e que devo largar. Mas o Sentir já é conhecido de mim. Parece até mais fácil, mais simples. Deixá-lo comigo e caminhar com ele. Entrego-me à dor com a facilidade de uma criança descuidada. E sinto-me assim exagerada também aos meus prazeres. Desejos me vêm a todo tempo. Instáveis. Fortes. Quero agora isso. Para meu desespero, nada mais suprirá, e Isto está em falta no mercado ao lado.
E ontem eu estava feliz. Hoje acordei com insuficiência de consciência. Depois, me vi a sorrir na sua frente. Agora, isolo-me e não quero ninguém mais. Mais tarde, tenho certeza que vou dançar. Em qual sentido, não posso prever.

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