Tenho um respeito enorme pelas pessoas que me cercam. Pelos seus anseios, pelas suas opiniões, pelas suas vontades. Tento entender, ainda que às vezes seja difícil, que a maior parte das vezes não caminharão junto às minhas. E vejo a beleza do que não conheço dentro disso. Tento entender muita coisa, e espero não conseguir explicar muito nada, ainda que tente. Porque, ao explicar, me desfaço de dúvidas que alimentam. Explicar e sentir são, quase, opostos… que nem sempre se atraem. A dificuldade reside em saber a hora, ou em sentir a hora, ou em… Não sei, mas espero que existam muitas variáveis que eu ainda venha a desvendar.
Eu quero uma vida entregue. Não por alguém, nem por nada. Quero o que surgir, o que eu encontrar. Quero abocanhar o mundo, sentir o sabor do mel e, quando faltar, carregar açúcar comigo. Quero açucarar a vida, com mil tons, com mil certezas incertas. Quero plantar bananeira, quero fazer dar risada a vida que anda amarga. Gosto dos risos que a vida me dá. Chamo isso de açúcar, ou doce, ou mel, ou a vida que quero levar comigo. Então a abraço, a amo, e não largo.
Acredito que amar é manter-me firme no ar. E ao tropeçar em nuvens cheias, tropicar a chuva.
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